Ramalho Eanes começou por dizer ontem, na RTP, que “por princípio”, não comenta decisões “nem deste Presidente, nem de presidentes anteriores”.
No entanto, não se absteve de comentar a atual situação que o país enfrenta, considerando que “dada a situação e a necessidade de encontrar compromissos e de estabelecer pactos sobre aquilo que é consensual e sobre aquilo que não é consensual mas é indispensável, haveria interesse em apertar tempo”.
O antigo Chefe de Estado considerou que é preciso um “tempo político novo em que os partidos tenham de se confrontar com a situação do país e com os portugueses que hoje são muito diferentes”, sublinhando que a “relação entre o sistema político e os portugueses mudou muito”.
Posto isto e questionado sobre se é a favor da antecipação das eleições legislativas do próximo ano, Ramalho Eanes respondeu que acha “preferível” que o sufrágio seja antecipado.