Portas 'afasta-se' de Passos e 'aproxima-se' de Costa

A saúde da coligação continua debilitada. Mesmo que, a olho nu, tudo pareça decorrer com normalidade, as divergências continuam mesmo estando as legislativas à porta. Segundo o Diário de Notícias (DN), desta vez são os feriados e a comissão de inquérito ao BES que dividem a maioria PSD/CDS e, por consequência, aproximam Paulo Portas de António Costa.

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Notícias Ao Minuto
04/12/2014 08:42 ‧ 04/12/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Partidos

São mais dois os temas que dividem – novamente – a coligação. Depois do IRS e do IVA, agora é a reposição dos feriados e a abordagem na comissão de inquérito ao BES que voltam a fazer comichões dentro da maioria.

Segundo o Diário de Notícias (DN), Paulo Portas anunciou a intensão de repor o feriado de 1 de dezembro (dia da Restauração da Independência) já em 2015, mas fê-lo sem o consentimento – e aviso prévio – de Pedro Passos Coelho. E é esta questão do feriado que poderá aproximar o líder centrista do novo secretário-geral do PS, ou então distanciar o CDS de qualquer outro partido.

António Costa deu a conhecer as pretensões dos socialistas quanto aos feriados: reposição do 5 de outubro e do 1 de dezembro. Porém, a possibilidade de reposição de qualquer um dos quatro feriados extintos em 2012 – aos quais se juntam mais dois religiosos, a 15 de agosto e 1 de novembro – será chumbada pelo PSD.

Agora, falta saber como irá o CDS descalçar esta bota, uma vez que o PCP e Bloco de Esquerda querem a reintegração no calendário dos quatro feriados e não de apenas dois, com o PS, e de apenas um, como os centristas.

O certo aqui, é que Paulo Portas volta a afastar-se de Passos Coelho e as críticas dentro da coligação entre os dois partidos mantém-se. Algo que acontece também, escreve o DN, devido à comissão de inquérito ao Banco Espírito Santo (BES).

Se, por um lado, os sociais-democratas querem ‘defender’ o governador do Banco de Portugal (BdP) de responsabilidades no caso BES, os democratas-cristãos acusam Carlos Costa: “falhou no caso BPN, falhou no caso BPP e agora manifestamente falhou no caso BES”, disse Nuno Magalhães.

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