"Essa é uma discussão fundamentalmente partidária, que suponho que se fará ao nível do parlamento", disse Pires de Lima à saída de uma reunião de ministros da Competitividade da União Europeia, quando questionado sobre o regresso à agenda nacional da questão dos feriados.
"Eu, enquanto ministro da Economia, como deve compreender, não devo intrometer-me nessa discussão. Cada um fará a interpretação que muito bem entender desta minha 'não intromissão' nessa agenda, que é uma agenda que deve ser liderada, suponho eu, pelas forças políticas que têm representação na Assembleia da República", afirmou.
Já sobre a decisão, anunciada hoje pelo Governo, de serem concedidos dois dias de tolerância de ponto aos funcionários públicos no Natal e Ano Novo, e questionado sobre se tal não poderá afetar a produtividade do país, Pires de Lima admitiu que estava a saber pelos jornalistas da "novidade".
"Está a dar-me uma novidade. Confesso que é uma novidade, que eu não vejo que tenha qualquer relevância do ponto de vista do meu comentário", concluiu.
O Governo anunciou hoje que vai conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos a 24 de dezembro e noutro dia à escolha, a gerir pelos serviços, entre 26, 31 de dezembro e 2 de janeiro.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, justificou esta decisão com o facto de este ano os feriados do Natal, 25 de dezembro, e do Ano Novo, 01 de janeiro, calharem em quintas-feiras.