Filho de João Lopes Soares, um ministro na I República, e de Elisa Nobre Baptista, Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa.
Com um carreira política marcante, onde constam os cargos de ministro dos negócios estrangeiros, primeiro-ministro e Presidente da República, entre 1986 e 1996, Mário Soares é considerado por Jorge Sampaio "um amigo, um grande lutador e um homem essencial na democracia portuguesa".
Lembrando as “convergências e divergências que protagonizaram” o também ex-Presidente da República confessou, à Lusa, a "enorme admiração" que tem por Soares, e a "relação de amizade e respeito" que "sempre existiu" entre ambos.
Para Manuel Alegre, Mário Soares é "o político português com maior dimensão internacional". “O combate pela democracia deu-lhe essa dimensão, demonstrando que era possível passar da ditadura para a democracia sem cair numa nova ditadura. É o símbolo civil maior da democracia portuguesa", afirma.
Diogo Freitas do Amaral disputou com Mário Soares, em 1986, as eleições presidenciais. O político que era apoiado pelo CDS e pelo PSD perdeu, mas guarda boas recordações do seu adversário.
"Toda aquela combatividade e energia sem contemplações que ele tinha no combate político, depois, no exercício do poder, transformava-se num líder magnânimo, tolerante, aberto a todos", referiu à Agência Lusa, contanto que no dia seguinte às eleições Mário Soares lhe mandou um ramo de rosas.
Todos os feitos de Mário Soares – o combate pelos direitos, liberdades e garantias – serão recordados este domingo num almoço na FIL em que estarão presentes os familiares, amigos e seguidores.
Entre os 275 convidados estarão o atual líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, ex-ministros como Vera Jardim e João Cravinho, históricos sociais-democratas como Francisco Pinto Balsemão, Leonor Beleza, Miguel Veiga e Ângelo Correia, ou de históricos democratas-cristãos como Adriano Moreira e Freitas do Amaral. Marcarão, ainda, presença o ex-secretário-geral da CGTP-IN Manuel Carvalho da Silva e o ex-coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo, Fernando Medina, Duarte Cordeiro ou Sérgio Sousa Pinto.