Foi em análise à Crise BES e à Comissão Parlamentar de que estão a ser alvo os envolvidos no caso, que Carlos Abreu Amorim, em entrevista ao Público, revela que este foi um caso que o deixou “banzado”.
O coordenador do PSD, ciente da importância que os agentes políticos e sobretudo económicos têm vindo a ganhar na sociedade, revela que deixou de ser liberal e defende agora que deve haver mais autoridade por parte do Estado.
“A lógica do liberalismo económico tem uma contradição insanável com a natureza humana. O agente económico deve ter regras e devem existir instituições que forcem a sua aplicação. Caso contrário, a ganância, a prevaricação, o instinto de fuga às regras…”, afirmou o político, para depois revelar: “já não sou liberal”.
Carlos Abreu Amorim defende que deve haver mais “autoridade do Estado” e que é errado pensar-se que o “comportamento natural do homem tende à boa composição as coisas”.
“O Estado tem de ter força. Se o Estado não tiver força, é de natureza humana que surjam pessoas que vão prevaricar, enganar, vão dissimular, vão martelar contas e isto é mesmo assim”, atira.