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Passos tratou Lajes como se fosse uma "empresazinha"

Para Carlos César, antigo presidente do Governo Regional dos Açores, não há dúvida de que houve “total negligência” na gestão das relações bilaterais com os Estados Unidos, algo que, defende, é resultado de Passos Coelho ver a base norte-americana na ilha como uma “empresazinha”, criticou na antena da RTP.

Passos tratou Lajes como se fosse uma "empresazinha"
Notícias ao Minuto

22:48 - 19/01/15 por Notícias Ao Minuto

Política Carlos César

No programa de informação ‘Três Pontos’ da RTP, Carlos César, ex-presidente do Governo Regional dos Açores e atual Presidente do PS, considerou que a atuação do Executivo e do Primeiro-Ministro relativamente à base das Lajes foi de “total negligência”.

Falando do que descreve como uma “redução drástica” do número de efetivo na base das Lajes e do consequente impacto na economia local, Carlos César defende que o Governo poderia ter feito mais ao nível das relações bilaterais.

“Houve total negligência nessa matéria”, diz, acrescentando que Passos Coelho “sempre julgou que [a base das Lajes] era uma empresazinha com capital estrangeiro localizada numa parte para ele insignificante do território do país”.

O atual presidente dos socialistas vai ainda mais longe nas críticas a Passos Coelho, considerando que “temos um primeiro-ministro que está no seu último mandato que nunca falou com o presidente dos Estados Unidos” sobre a base das Lajes.

Para Carlos César, “esta questão não é apenas uma questão com impacto negativo regional, em especial na ilha Terceira. É uma questão que introduz também um novo paradigma nas relações luso-americanas”, uma relação que descreve como tendo sido sempre “muito forte, muito intensa”, e que sai agora abalada, trazendo dificuldades para a economia da ilha Terceira.

O antigo líder do Governo Regional dos Açores realça ainda que se prevê “uma diminuição de perto de 7% do PIB da ilha [Terceira]” – segundo dados de outubro do Serviço Regional de Estatística dos Açores – algo que terá “um impacto enorme numa ilha com pouco mais de 60 mil habitantes”.

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