Costa acusa PSD de romper consenso nacional

O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou hoje à agência Lusa que a "situação de caos" nas urgências médicas constitui a prova de que o PSD rompeu o "consenso nacional", colocando-se como um adversário do Estado social.

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Lusa
22/01/2015 ‧ 22/01/2015 por Lusa

Política

PS

Esta posição foi hoje assumida pelo líder socialista, depois de o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, ter afirmado na quarta-feira à noite que "acabou com o mito de que apenas certos setores políticos conseguem dar expressão à preocupação com o Estado social, que estava em rutura há três anos e meio, mas que está hoje fortalecido, com menos dívidas, seja na saúde, na área social e, ao mesmo tempo, com mais vitalidade, mais rigor e mais exigência do que existia".

Na resposta a Pedro Passos Coelho, o secretário-geral do PS começou por observar que "ninguém deseja ter exclusivo da defesa do Estado social".

No entanto, Costa considerou que "o caos nas urgências é, infelizmente, a prova de que o atual PSD rompeu o consenso nacional e que se colocou como adversário do Estado social".

"Mas é também um dramático exemplo dos erros da estratégia de consolidação seguida pelo Governo", criticou o secretário-geral do PS.

Neste contexto, na próxima sexta-feira, pelas 09:30 horas, o líder socialista recebe na sede nacional do PS os bastonários da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, e dos Enfermeiros, Germano Couto, numa audiência conjunto em que serão debatidos os problemas do setor.

Nas últimas duas semanas, o PS tem aumentado as suas críticas à política de saúde do Governo, sobretudo na sequência de casos de mortalidade ocorridos em alguns serviços de urgência.

Na quarta-feira, o PS requereu a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, no parlamento, mas a maioria PSD/CDS reprovou esse pedido.

Porém, através de um requerimento potestativo (com carácter obrigatório) apresentado pelo PCP também na quarta-feira, o ministro Paulo Macedo comparecerá em breve perante a Comissão Parlamentar de Saúde.

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