"[Portugal] precisa de uma verdadeira rutura e não as mudanças de cosmética para que tudo fique na mesma, as falsas mudanças daqueles que dizem que não são o PASOK de Portugal, mas que o foram ontem e que hoje deixam os destinos do país nas mãos das propostas e dos sinais do senhor Junker, do senhor Draghi e da boa vontade do diretório das grandes potências", afirmou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP reiterou a necessidade de revogar o Tratado Orçamental, abandonar o Pacto de Estabilidade e de renegociar a dívida, depois das referências aos socialistas gregos, ao presidente da Comissão Europeia e ao governador do Banco Central Europeu.
O líder do grupo parlamentar comunista, João Oliveira, descrevera antes um quadro de "dura realidade" que os portugueses enfrentam.
"Agricultores impedidos de produzir ou arruinados na venda da sua produção, pescadores impedidos de ir ao mar ou obrigados a fazê-lo sem condições de segurança, pequenos e médios empresários esmagados pelos grandes grupos económicos e financeiros e perseguidos pelo Governo como se fossem contrabandistas, doentes amontoados nos corredores de hospitais, trabalhadores da administração pública ameaçados de despedimento, empresas públicas fundamentais entregues em bandejas de prata aos novos candidatos a donos disto tudo", resumiu.