PS é fiel à "irresponsabilidade política e financeira"

O ministro da Economia acusou hoje o PS de "novas roupagens" e de se manter fiel à "irresponsabilidade política e financeira" de José Sócrates, depois de os socialistas terem acusado o Governo PSD/CDS de empobrecer o país.

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Lusa
18/02/2015 16:30 ‧ 18/02/2015 por Lusa

Política

Pires de Lima

Numa intervenção na abertura do debate de urgência requerido pelo PS sobre a "Anemia do Investimento, estagnação da economia e crise social", o ministro da Economia, António Pires de Lima, centrou o seu discurso nas críticas ao PS, lembrando o legado - que preferiu "nem adjetivar" - deixado ao atual Governo, com um "défice incontrolável, a economia a mergulhar na recessão, na bancarrota eminente".

"Foram tempos duros e muito difíceis que os portugueses em muitos aspetos não vão querer esquecer e é bom que não esqueçam porque são a consequência da irresponsabilidade política e financeira dos governos socialistas de José Sócrates", disse.

Uma "penosa tradição" a que, acrescentou Pires de Lima, tudo indica que "o PS agora com novas roupagens e novos rostos" se pretende manter fiel.

Na sua intervenção, Pires de Lima deixou a indicação da sua oposição a algumas ideias já defendidas pelo secretário-geral do PS, António Costa, recusando capitalizar empresas com dinheiro do Estado.

"Capitalização de pequenas e médias empresas com dinheiros do Estado? Viva o socialismo", exclamou Pires de Lima, que na sua intervenção recuperou ainda os últimos dados económicos, nomeadamente aqueles que apontam que 2014 terá sido "o melhor ano de sempre" para as exportações.

Além disso, acrescentou, Portugal apresenta agora "taxas de juro historicamente baixas" e o desemprego, embora ainda elevado, tem vindo a cair.

Antes, o deputado do PS Pedro Nuno Santos traçou um cenário diferente do país, lembrando que em quatro anos a economia portuguesa caiu 5,5%, com o PIB real de 2014 a ficar ao nível de 2001.

Quanto ao equilíbrio das contas públicas, o deputado socialista atribui-o ao "empobrecimento do país" e ao "desemprego em massa".

Recuperando propostas já avançadas pelo líder socialista, como a diversificação das aplicações do Fundo de Estabilização da Segurança Social, mobilizando uma parte não superior a 10% para a aquisição e reabilitação de fogos devolutos e de fogos de família em risco de insolvência que serviram para criar um mercado de "renda acessível", o deputado socialista terminou a sua intervenção da abertura do debate de urgência com um repto.

"A aposta no investimento e na modernização da nossa economia exige um consenso para lá da esquerda e da direita. Exige um consenso patriótico", defendeu.

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