"Tratei dessa questão por ser eticamente aconselhável, mesmo que legalmente essa obrigação já não existisse". Assim responde Passos Coelho à dívida que tinha na Segurança Social de cerca de 7 mil euros.
"Eu não tinha consciência que essa obrigação era devida durante esse período (...) Não existe, portanto, da minha parte nenhuma intenção de não cumprir com essas obrigações, estava convencido que elas eram, nessa época, de opção e que, portanto, eu não tinha esses anos de carreira contributiva", afirmou.
O valor em falta, entretanto já prescrito, foi pago assim que Pedro Passos Coelho, segundo assegura o próprio, tomou conhecimento da dívida.
"Os meus rendimentos foram sempre declarados de forma transparente. Creio que disse tudo o que sabia e aquilo que é a verdade" afirmou o líder do Governo.
Passos Coelho falou ainda das acusações de Alexis Tsipras sobre uma união de Portugal e Espanha contra a Grécia: "O facto de sermos exigentes com os termos não pode ser entendido como qualquer tentativa de conspirar contra nenhum governo. Deve-se apenas ao facto de querermos uma responsabilização com os compromissos assumidos.".
"Eu não fiz nenhum protesto [em relação à Grécia]. Simplesmente fiz saber a minha perplexidade perante o gabinete da Comissão Europeia através dos canais diplomáticos adequados", disse o primeiro-ministro, concluindo: "Não quero entrar em pingue-pongue com o governo da Grécia".
[Notícia atualizada às 12h57]