A menos de um mês da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) chegar ao fim, Cecília Meireles acredita que “hoje já se sabe quase tudo” o que aconteceu no BES/GES, tendo sido obtidas respostas “bastante completas”.
Em entrevista ao jornal i, a coordenadora do CDS-PP na comissão admite, contudo, que “há muita coisa que o Banco de Portugal vai ter de responder” sobre o seu papel “desde que se descobre que as contas do ESI não correspondem de todo à verdade”, até ao momento em que a administração do banco muda.
Perante as informações apuradas, aquilo que mais “espantou” Cecília Meireles foi a “forma muito pouco sofisticada” com que as coisas aparentam ter sido feitas, incluindo a falsificação de contas na ESI e o que se passou na Espírito Santo Internacional, no GES e no BESA.
“Quem fosse procurar ali imediatamente descobria. A questão é que passou muito tempo sem ninguém procurar”, disse a coordenadora do CDS-PP.
Cecília Meireles destaca ainda o consenso interpartidário na procura da verdade apesar dos coordenadores terem “visões de sociedade muito diferentes”, mas lembra: “as pessoas podem esperar que nós apuremos fatos e verdades políticas. Agora não podem esperar que uma CPI seja um tribunal que vá passar sentenças, ou que vá prender pessoas”.