O antigo ministro do PSD acredita que o caso das dívidas do primeiro-ministro é uma resposta do PS à forma como a maioria se aproveitou da polémica intervenção de António Costa perante a comunidade chinesa.
“Quando vi a maioria a insistir e a insistir e a insistir [nas declarações de António Costa], a minha única dúvida foi: ‘qual é que é o caso que o PS vai trazer para cima da mesa para contrariar o caso de António Costa’. E foi este [dívidas à Segurança Social]”, referiu o convidado da Rádio Renascença.
Para Nuno Morais Sarmento “a maioria não devia ter apostado no caso”, pois “uma coisa é fazer referência e apontar a incoerência e depois deixar que as pessoas pensam pelas próprias cabeças” e outra coisa “é intoxicar, permanentemente, com uma insistência que a partir de certa altura se torna absurda”.
O social-democrata acredita que “a história tinha levado outro caminho” se o primeiro-ministro “tivesse esclarecido que tivera essas falhas e omissões, que tinha respondido por elas com os juros de mora ou com multas ou com aquilo a que qualquer cidadão fica sujeito".
Morais Sarmento garantiu ainda que sabe, “pessoalmente, ser verdade que houve momentos em que [Passos] não pagou porque não tinha [dinheiro] para pagar”.