Segundo dão conta esta quarta-feira o Jornal de Negócios e o Público, o passado fiscal de Pedro Passos Coelho continua a gerar muitas dúvidas na opinião pública, mas também entre os parlamentares e motiva agora uma acesa discussão política.
Dá conta a primeira publicação de que o líder social-democrata enfrentará hoje as questões do Parlamento relativamente a este tema, tentando pôr fim a este ciclo de dúvidas. No entanto, sobre o mesmo tema, o Público noticia que a ausência de pagamentos à segurança social poderá ter sido mais longa do que o veiculado, sendo que o primeiro-ministro poderá ter estado oito anos sem pagar.
Se numa primeira fase tinham vindo a público notícias de que as dívidas remontavam ao período entre 1999 e 2004, hoje subsistem dúvidas quanto a essas datas. Indica o Público que as dívidas do chefe do Executivo começaram em 1996, ou seja, três anos antes.
Nesta altura, sabe-se também que o líder do Executivo pediu isenção de contribuição para a segurança social neste ano, pelo que não podia deixar de saber que o pagamento era obrigatório. Este foi um dos argumentos de Passos para explicar a dívida mantida com este organismo do Estado.
Além destes factos, escreve-se ainda que o valor da dívida poderá também ser diferente daquele que é conhecido, falando-se agora em 8 mil euros (sem juros), ao invés dos 5 mil euros que tinham sido anteriormente referenciados.
Todas estas dúvidas deverão ser esta quarta-feira esclarecidas pelo primeiro-ministro no Parlamento, isto depois de vários membros dos partidos da oposição terem suscitado questões que ficaram por responder relativamente a toda esta polémica.