Embora ainda não se conheça o programa que os socialistas vão levar a votos, o Diário Económico fez as contas às medidas já conhecidas que António Costa quer aplicar na próxima legislatura e apresenta o valor: 1.500 milhões de euros.
Estas medidas, que acrescentam custos às contas públicas, são o equivalente a cerca de 0,9% do PIB. O principal impacto é o fim da sobretaxa de 3,5% no IRS, que está avaliada pelo Executivo de Passos Coelho em 700 milhões de euros – que serão uma receita a menos para os cofres do Estado.
Já a reposição da totalidade dos salários da Função Pública, ‘cortados’ pelo atual Governo, acrescenta mais 600 milhões de euros às contas, segundo estimativas do próprio Costa, como realça o mesmo jornal.
Entre as medidas já conhecidas, destaque ainda para a reposição “integral” das pensões, uma ideia que o secretário-geral do PS e ainda presidente da Câmara Municipal de Lisboa defendeu esta quarta-feira, na antena da RTP. Atualmente, só pensões mais altas estão sob ‘alçada’ da Contribuição Extraordinária de Solidariedade. Há, portanto, mais 42 milhões de euros a acrescentar, números da UTAO.
Finalmente, destaque para a descida do IVA na restauração, que Costa quer que volte aos 13%, depois de ter chegado com o Governo de Passos Coelho aos 23%.
Neste caso, os números de que o Diário Económico dá conta voltam a ter cunho do Executivo, que divulgou um estudo em 2013, do qual se dá conta de um aumento da receita de 350 milhões de euros, entre 2011 e 2013, que, assumindo uma distribuição linear da subida da receita conseguida), escreve o mesmo jornal que o aumento da taxa terá rendido 175 milhões de euros.