“Não percebo o medo e o semi-blackout informativo mas o mais relevante é que a conferência teria muito mais relevância há 15 dias, antes da chegada às redacções do ‘contributo’ do FMI”, começa por escrever na rede social Facebook o ex-presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos, António Nogueira Leite.
É desta forma, que o gestor reage ao facto de o Governo ter limitado a cobertura jornalística de um debate sobre a reforma do Estado que está a decorrer, enfatizando o facto de o mesmo ter lugar em data posterior à divulgação pela comunicação social do estudo do FMI sobre os cortes nas funções sociais do Estado, e isto antes de uma intervenção pública do Executivo sobre o documento que muita controvérsia acabou por gerar.
Até porque, o “semi-blackout” a que se reporta Nogueira Leite não será alheio à alegada fuga de informação que terá ocorrido relativamente ao relatório do FMI, que, por sinal, “ainda que designado como e apenas ‘um contributo’, já condicionou inapelavelmente o debate”.