Indicadores do desemprego são "doloroso desmentido" ao Governo

O PS considerou hoje que os mais recentes dados indiciando um agravamento do desemprego em fevereiro representam "um doloroso desmentido" ao Governo e um "alerta sério" sobre a possibilidade de permanência de um desemprego estrutural elevado.

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Lusa
30/03/2015 16:43 ‧ 30/03/2015 por Lusa

Política

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Estas posições foram assumidas pela vice-presidente da bancada socialista Inês de Medeiros, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado que a taxa de desemprego foi de 14,1 por cento em fevereiro, mais 0,3 pontos percentuais do que em janeiro deste ano e menos 0,8 pontos percentuais face ao período homólogo.

"Estes números do INE são obviamente uma má notícia. São um alerta muito sério e um doloroso desmentido ao discurso do Governo de autoproclamação e de autopromoção", reagiu a vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Perante os dados do INE, Inês de Medeiros considerou que "ninguém se pode regozijar com uma subida do desemprego" em Portugal e advertiu que "não vale a pena começarem-se já a ensaiar nuances" sobre o significado destes indicadores.

"Não podemos contornar os números, porque há uma subida do desemprego, e o facto de Portugal ter voltado a ultrapassar a barreira psicológica dos 14 por cento mostra bem que não houve qualquer tipo de reforma estrutural no mercado de trabalho. A evolução do mercado de trabalho esteve e está totalmente dependente da política orçamental do Governo. Ou seja, assim que o Governo deixou de apoiar o trabalho precário para o Estado, verifica-se que a curva do desemprego inverte-se e volta a subir", sustentou a vice-presidente da bancada do PS.

Na perspetiva de Inês de Medeiros, os dados do INE demonstram que "as tão apregoadas políticas ativas de emprego apenas serviram para camuflar a dimensão real do desemprego".

"Como têm concluído várias instituições internacionais, ou voltamos a apostar numa política de qualificações, criando mecanismos de combate ao desemprego de longa duração, ou o desemprego estrutural arrisca-se a instalar-se definitivamente na casa dos 13 por cento", defendeu ainda a deputada socialista.

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