PSD/M diz que não vai apurar responsabilidades

O secretário-geral do PSD/Madeira, Rui Abreu, disse hoje à noite que o partido encarou todo o problema do apuramento dos mandatos com "serenidade", pois sempre confiou ter obtido a maioria absoluta, e não vai pedir o apuramento de qualquer responsabilidade.

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Lusa
01/04/2015 07:00 ‧ 01/04/2015 por Lusa

Política

Rui Abreu

"[Encarei] com a mesma serenidade com que vi quando o primeiro edital saiu", declarou Rui Abreu aos jornalistas no Palácio de São Lourenço, a residência oficial do Representante da República onde decorre a assembleia de apuramento geral dos votos das eleições regionais do passado domingo, que começou por retirar o 24º deputado ao PSD e a maioria absoluta, atribuindo um terceiro mandato à CDU.

Mas depois de ter sido detetado um erro no programa informático, por na atribuição dos mandatos não ter sido incluída a votação da ilha do Porto Santo, a assembleia efetuou uma recontagem, que "devolveu" a maioria aos sociais-democratas.

Rui Abreu referiu que depois de divulgado o primeiro edital, os responsáveis do partido foram analisar os números, pois não pretendiam "decidir nada a quente".

O responsável adiantou: "Ao transpormos os votos para mandatos, detetámos que havia um erro, não sabíamos qual, mas havia um erro, porque não era possível aquela totalidade de votos, tanto do PSD como da CDU, ser a CDU a eleger o 47.º deputado e seria o PSD".

Rui Abreu mencionou que alertaram a comissão de apuramento para esta situação e "repôs-se a normalidade".

"Sempre pensámos que tínhamos a maioria absoluta durante todo o dia. Nunca tivemos dúvidas, nenhumas, antes pelo contrário, porque fomos única força política durante todo o dia que aumentou o seu número de votos comparavelmente com os outros partidos. Estávamos, nesse aspeto, descansados", afirmou.

Questionado pelo facto da diferença de votos [na eleição do 47.º deputado] ser "pouco confortável", embora tenha aumentado de cinco para 12, Rui Abreu assegurou que "esse aspeto não preocupa [o PSD], apontando que essa "foi a vontade do povo".

Quanto ao anúncio da CDU de que pretende recorrer desta decisão da assembleia de apuramento para o Tribunal Constitucional (TC) e outras instâncias, disse: "Os partidos podem tomar as medidas que entenderem, penso que agora podem recorrer apenas para o TC", opinando que a recontagem total dos votos "não deve ser possível".

No que diz respeito a pedir responsabilidades pelo erro ocorrido, Rui Abreu adiantou que o partido não irá tomar qualquer iniciativa, sustentando que a normalidade está reposta.

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