PCP e PS criticam venda de barcos da Transtejo

O PCP e o PS do Barreiro criticaram hoje a venda de oito embarcações do grupo Transtejo, que faz as ligações fluviais no rio Tejo, enquanto a empresa garantiu que são excedentários e que as carreiras não serão afetadas pelo negócio.

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Lusa
10/04/2015 16:50 ‧ 10/04/2015 por Lusa

Política

Ligação

Segundo o PCP do Barreiro, a venda de oito embarcações do grupo Transtejo, que engloba as empresas Transtejo e Soflusa, vai afetar as ligações fluviais entre as duas margens do rio Tejo.

"A venda indicia a intenção de proceder a uma nova e brutal redução da oferta de transporte, preparando o encerramento de algumas carreiras, que, sem estas embarcações, se tornarão de difícil ou mesmo impossível manutenção", refere o PCP em comunicado enviado à Lusa.

No documento, o PCP dá os exemplos das carreiras do Barreiro, Seixal e Montijo para Lisboa como ligações que vão ser afetadas.

"A intenção da administração e do Governo parece ser clara. Diminui a oferta de transporte e encerra carreiras. Em resumo, degrada fortemente o serviço de transporte público prestado às populações, tentando justificar e tornando mais apetecível a privatização das empresas fluviais da região de Lisboa", salienta.

Também o PS Barreiro se mostrou preocupado com a anunciada venda das embarcações.

"A presente ameaça de redução de oferta irá refletir-se, necessariamente, nas carreiras do Seixal, Montijo e Barreiro. Sendo que, no caso do Barreiro, se pretenderá passar de sete para seis unidades na hora de ponta da manhã, com a consequente redução da frequência", refere o PS.

Os socialistas acrescentam que o objetivo da medida é "atrair privados" e apelam à autarquia do Barreiro para que intervenha, considerando que se trata de uma "inevitável redução da qualidade do serviço de transporte fluvial prestado".

Fonte oficial do grupo Transtejo contactada pela Lusa confirmou a intenção de venda dos oito barcos, mas garante que as carreiras são para manter como estão.

"A venda dos oito navios referidos não afetará a atual oferta, a qual está devidamente ajustada à procura. Trata-se de uma venda de navios excedentários, que se encontram parados", refere.

Segundo a mesma fonte, "nesta fase não estão previstas quaisquer alterações de carreiras, de qualquer redução de meios materiais ou humanos", referindo que estão assegurados todos os navios necessários à operação, incluindo dois navios de reserva para cada linha.

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