Em declarações à agência Lusa sobre a primeira Convenção Nacional da Associação Portuguesa dos Autarcas Monárquicos (APAM), que hoje decorreu no Porto, Manuel Beninger sublinhou o "contributo muitíssimo importante" que a Monarquia pode dar à sociedade atual, uma vez que é essa a sensibilidade que falta nesta República, em profunda "crise profunda de valores".
Na opinião do presidente da APAM é preciso mudar este "ciclo vicioso e viciado" que é eleição dos Presidentes da República pelo lóbi político e financeiro, defendendo a implementação do regime monárquico, uma vez que o rei é alguém "preparado, isento partidariamente e que pode representar as várias sensibilidades e as transversalidades das vontades políticas".
Enfatizando que a APAM não é um partido político mas sim uma associação pluripartidária que representa os seus associados -- que em nove meses de existência são já mais de 300 - Manuel Beninger afirmou que os autarcas, que estão na base da democracia, podem "contribuir para uma mudança de paradigma", uma vez que é urgente "repensar este tipo de regime".
Cultura, património, turismo, ambiente, família e agricultura são algumas das preocupações que estão na base da ação destes autarcas monárquicos em exercício de diferentes funções nas freguesias, câmaras e assembleias municipais, que representam atualmente cinco sensibilidades políticas distintas.
"Nesta convenção de hoje mais de 120 autarcas conseguiram refletir sobre a saúde pública da política e contribuir com propostas válidas", disse, acrescentando que a adesão à associação tem sido "francamente crescente".
Do programa da convenção -- que contou com a presença de Duarte Pio, Gonçalo Ribeiro Teles e Francisco Calheiros, entre outros - fez parte "um painel ligado ao Património e Turismo, temáticas diferenciadoras dos agentes de desenvolvimento local e de importância premente no quadro dos futuros investimentos a decorrer nas regiões" e um outro sobre "Ser Autarca e Monárquico nos Dias de Hoje".