"Calamidade demográfica do país é prioridade patriótica"

O autarca de Cascais considera que, apesar das novidades no campo político relativamente a candidaturas presidenciais, é importante “o país voltar a concentrar-se nos assuntos que realmente importam”.

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Notícias Ao Minuto
15/04/2015 12:02 ‧ 15/04/2015 por Notícias Ao Minuto

Política

Carlos Carreiras

Para Carlos Carreiras, as prioridades atuais no debate político em Portugal são claras: a natalidade e o mar.

Sobre o mar, o presidente da Câmara de Cascais considera que tem havido novidades positivas, como a fundação da BlueBioAlliance no município que gere e as negociações internacionais que podem permitir a Portugal um aumento das milhas náuticas. A natalidade, porém, é uma questão mais complexa.

“Ter ou não ter filhos é uma decisão individual. Mas a calamidade demográfica em que o país se encontra faz desta uma matéria política e uma prioridade patriótica”, escreve o social-democrata no artigo de opinião que assina esta quarta-feira no jornal i, antecipando o “ritmo insustentável de destruição de capital demográfico”, que em 2060 será notado na população: seremos apenas 8,5 milhões de portugueses.

Carlos Carreiras considera que os diferentes partidos “perceberam a seriedade desta questão”. Já sobre o líder do PSD e primeiro-ministro, Passos Coelho, o autarca considera que “teve a capacidade de dar um passo decisivo no combate do inverno demográfico”, alertando ainda que a questão da natalidade terá também de se associar à sustentabilidade das contas públicas.

A combinação de juros baixos, apoios comunitários e queda de preços do petróleo é o tipo de circunstâncias “que não se repetem muitas vezes”, escreve ainda Carlos Carreiras. Por isso, defende, “é urgente menos barulho e mais sentido de compromisso entre os partidos”.

A questão da natalidade é ponto essencial de qualquer programa político, para Carlos Carreiras, que defende ainda que depois do “desgoverno socialista” e do que descreve como o “duro arrumar de casa” que se lhe seguiu, “os portugueses precisam de mais do que um discurso para pagar dívidas”.

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