Desde 2011, ano em que o PS perdeu as eleições legislativas para o PSD, que o partido agora liderado por António Costa vive no ‘vermelho’. Se entre 2005 e 2011 o PS recebia do Estado cerca de 9 milhões de euros (subvenção pública anual), depois da derrota nas urnas o valor auferido desceu para menos de metade.
De acordo com notícia avançada este sábado pelo jornal Expresso, o PS pediu um empréstimo bancário para ter dinheiro para a campanha eleitoral que se aproxima, tendo inclusive renegociado os juros do valor monetário que já devia. E mais. A direção do partido está a ponderar hipotecar alguns edifícios para garantir esse empréstimo.
“O PS enfrenta uma situação orçamental exigente. Nessas circunstâncias, medidas como a negociação de crédito e das respetivas condições ou a avaliação o património do partido – em relação ao qual, garanta-se, não há qualquer intenção de alienação – não são mais do que medidas de boa gestão, aplicáveis a qualquer instituição ou entidade”, disse ao Expresso o secretário nacional do PS para a Administração, Luís Patrão.
Na última reunião da Federação Distrital do Porto, realizada na segunda-feira e a cuja gravação de áudio o Expresso teve acesso, são mencionados os problemas de liquidez que as várias secções do partido enfrentam.
Existem secções que há meses que não recebem as verbas que é suposto receberem por parte da sede nacional, o que faz com que contas de água ou luz fiquem por pagar como acontece, por exemplo, no PS de Leça da Palmeira e de Gaia.
A hipótese de que as sedes concelhias do partido possam vir a ser “hipotecadas para garantir um empréstimo” é avançada ao Expresso por uma fonte do PS que preferiu manter-se no anonimato.