A deputada socialista Glória Araújo, que no passado dia 4 de Janeiro foi apanhada a conduzir com excesso de álcool (2,41 gramas de álcool por litro de sangue), justificou as três faltas que deu na semana a seguir à detenção por motivo de doença.
Ao todo, Glória Araújo deu quatro faltas, correspondendo a primeira ao dia em que foi detida pela PSP. Mas, para essa ausência não apresentou qualquer justificação.
A deputada, conta o i citando registos do Parlamento, só voltou a marcar presença numa reunião plenária no dia 16, quando a polémica já tinha ‘acalmado’.
O jornal explica que os deputados que não justifiquem as faltas podem ter um desconto no ordenado ou até perder o mandato caso deixem “de comparecer a quatro reuniões do plenário por cada sessão legislativa, salvo motivo justificado”. O que, no caso da deputada Glória Araújo, se não tivesse apresentado qualquer justificação, corresponderia à perda do mandato.
Ainda assim, a deputada do PS pode ser penalizada com um desconto de 1/20 do ordenado, dado que não justificou uma das faltas. Assim sendo, arrisca-se a perder cerca de 180 euros (considerando um vencimento de pouco mais de 3600 euros ilíquidos).
Já sobre o pedido de levantamento da imunidade parlamentar, para que Glória Araújo possa responder pelo crime de condução sob efeito de álcool, nada se sabe. Contactado pelo i, o presidente da Comissão de Ética, Mendes Bota, confirmou que “até ao momento” não lhe chegou “às mãos qualquer pedido”.