O antigo líder da CGTP considera que é “preocupante observar que as distâncias programáticas entre a Direita e o PS vão-se atenuando”, algo que na perspetiva de Carvalho da Silva retira ao PS espaço de “ação transformadora”, pode ler-se no texto que assina este domingo no Jornal de Notícias.
Para o investigador e docente universitário, embora os socialistas continuem a tecer duras críticas à austeridade, o PS “passivamente rende-se às ‘inevitabilidades’” das políticas de austeridade.
No seu texto de opinião no Jornal de Notícias, Carvalho da Silva alerta ainda para o que diz ser “o coro” que alerta contra “radicalismos”, algo que, na verdade, serve para defender “as propostas dos tecnocratas do centrão” e faz ainda um alerta para o futuro.
Perante a possibilidade de as políticas de austeridade, sob diferentes formas, falharem, o que se seguirá poderá não ser algo que desperte revoltas ou alternativas. Pelo contrário: “pode acentuar a descrença e uma submissão prolongada”, defende.