Paulo Vieira da Silva colocou o seu nome no centro da atualidade política depois de ter enviado uma denúncia à Procuradoria-Geral da República onde pede à justiça que analise a “rede de influências” que Marco António Costa, supostamente, tem em Gaia.
“Não quero 15 minutos de fama, nem quero voltar à política. O meu palco é a minha família e faço isto por um imperativo de consciência”, afirmou o social-democrata em declarações ao jornal i.
Apesar da denúncia, Vieira da Silva considera Marco António Costa um amigo mas voltaria a fazê-lo se fosse o seu pai ou a sua mulher, pretende que o país onde a filha vai crescer “leve uma volta”, e desta forma evidencia que não se trata de questões pessoais mas de um problema de justiça.
Os sociais-democratas colocam em causa a escolha do timing da denúncia e acreditam tratar-se de “alguém que acha que não consegue fazer mais nada”, um “invejoso” ou “ressabiado”, como o intitulam depois da denúncia.
Paulo Vieira da Silva foi secretário-geral da JSD/Porto, conselheiro nacional da juventude do PSD entre 1998-2002 e conselheiro nacional nos mandatos de Durão Barroso e Santana Lopes. É militante honorário da JSD, aquilo de que mais se orgulha na política.
Apoiante “indefetível” de Passos Coelho por o considerar uma “pessoa séria e honesta”, o militante social-democrata orgulha-se de ter sido o “único assessor [quando tinha um lugar na câmara de Trofa] que não tinha telemóvel da autarquia” e que nunca apresentou “um metro que fosse de deslocações” para que a câmara lhe pagasse.