Arménio Carlos pede para ser usado o voto para mudar a política

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, exortou hoje os trabalhadores a mobilizarem-se para a luta no período de campanha eleitoral e a usarem o voto para escolher quem mude a política económica e social do país.

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Lusa
22/05/2015 19:40 ‧ 22/05/2015 por Lusa

Política

CGTP

"Temos de mobilizar os trabalhadores, em cada empresa ou setor, porque o nosso instrumento de defesa é a luta", disse Arménio Carlos no encerramento de um encontro/debate em defesa das funções sociais do Estado, promovido pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, em Lisboa.

Segundo o sindicalista, não compete ao movimento sindical dar indicações de voto, mas lembrar o que foi feito em prejuízo dos trabalhadores e por quem foi feito.

"Depois, os trabalhadores devem escolher quem lhes dê mais garantias de defesa dos seus interesses", disse.

Para Arménio Carlos, "o país está pior para a generalidade dos portugueses" e os programas eleitorais não dão garantias de que as políticas vão mudar.

Referiu, como exemplo, que nenhum dos programas eleitorais conhecidos refere a revogação das alterações que foram feitas à legislação laboral, que retiram direitos e proteção aos trabalhadores.

O líder da CGTP defendeu a necessidade de o Estado continuar a assegurar funções sociais como a saúde, a educação, a segurança social, a justiça e o abastecimento de água, e acusou o Governo de estar a tentar concretizar as privatizações que não conseguiu fazer ao longo da legislatura.

A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, considerou, por sua vez, que os ataques do Governo aos serviços e aos funcionários públicos são "uma questão ideológica".

"Mas nós podemos mudar as coisas, temos que mobilizar os trabalhadores para votar contra estas políticas", defendeu a sindicalista.

O encontro /debate contou com a participação de várias centenas de dirigentes e ativistas sindicais da Frente Comum, que aprovaram um manifesto contra o "desmantelamento do Estado Central que vise a destruição das funções sociais do Estado".

Aprovaram também uma resolução que prevê a realização de uma jornada nacional de luta na segunda quinzena de junho.

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