“A verdade vem sempre ao de cima”. É desta forma que o CDS, pela voz de Vera Rodrigues, se congratula com as conclusões do relatório da Inspeção-Geral das Finanças sobre a lista VIP.
Em declarações aos jornalistas, a centrista explicou que o documento “deixa preto no branco” que não houve envolvimento político na criação da bolsa de contribuintes VIP por parte do Fisco.
“O que houve foi um mecanismo que esteve temporariamente em funcionamento por iniciativa exclusiva de um dirigente da Autoridade Tributária (AT), que não recebeu nenhuma indicação ou pedido do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”, ressalvou a deputada.
Tendo Paulo Núncio sido indevidamente informado, numa fase posterior, pelo então diretor-geral da AT, “as declarações do primeiro-ministro, ministra das Finanças e secretário de Estado tinham como base uma informação errada que lhes foi prestada”, salientou ainda.
Na opinião de Vera Rodrigues “é necessário implementar procedimentos adicionais para salvaguardar direitos fundamentais dos cidadãos: sigilo fiscal, proteção de dados pessoais e igualdade”, pelo que a AT tem até 19 junho para apresentar um plano ao Governo.