"Uma das questões que a moção global salienta é a necessidade urgente de renegociar a divida em montantes, prazos e também juros. De analisar o que é legítimo pagar dessa divida para promover desenvolvimento em Portugal", disse à agência Lusa a dirigente do PEV Manuela Cunha.
Sob o lema ‘Respostas Ecologistas-Juntos Conseguimos’, a 13.ª Convenção do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) inicia-se hoje no Fórum Lisboa com a apresentação de um balanço da intervenção do partido "no quadro da situação política nacional e internacional", acrescentou Manuela Cunha.
No sábado, dia 30 de maio, a convenção prossegue com vários debates em torno da moção "global e estratégica" na qual Os Verdes fazem "a análise da situação eco-política atual no país e no mundo" e em que definem também "as linhas prioritárias de intervenção" para o futuro próximo do país, adiantou a dirigente.
Manuela Cunha afirmou ainda que outra questão que está na moção é "a necessidade de uma fiscalidade ecologista".
"Definimos essa fiscalidade que nada tem haver a dita fiscalidade verde do Governo, que para nós é um perfeito embuste e uma forma de ir ao bolso dos cidadãos", criticou.
Nas preocupações do partido ecologista e que constam da moção estratégica estão ainda "a defesa e necessidade de reforçar os serviços públicos".
Relativamente às próximas eleições legislativas, que se realizarão em setembro ou outubro deste ano, e que Os Verdes concorrem em coligação com o PCP no quadro da CDU (Coligação Democrática Unitária), Manuela Cunha disse que "a alternância governativa [entre PS e PSD/CDS-PP] tem que parar" e que é "tempo de se construir uma alternativa".