Paulo Pisco classifica a decisão da TAP como "incompreensível, não apenas pelo prejuízo e transtornos que causa à vasta comunidade madeirense residente em Inglaterra, mas também pela importância de ser a companhia nacional a disponibilizar voos regulares a cidadãos portugueses", lê-se no texto hoje enviado à Lusa.
"Além da importante comunidade madeirense residente em Inglaterra, superior a 100.000 pessoas, há ainda a população inglesa que procura a Madeira como destino turístico, o que garantia voos regulares com elevadas taxas de ocupação dos aviões", argumenta o deputado na pergunta feita depois de ter visitado, na segunda quinzena de maio, a comunidade portuguesa residente em Londres.
Paulo Pisco considera ainda menos justificada a decisão da transportadora aérea portuguesa por "não haver aparentemente problemas de rentabilidade com a rota".
"A prova de que a rota entre Londres e o Funchal era rentável pode aferir-se pelo facto de, logo após a decisão da TAP de suprimir esses voos, a [companhia aérea britânica] British Airways ter passado a disponibilizar três ligações semanais, havendo ainda a considerar os outros voos existentes das companhias 'low cost' para o arquipélago", sustenta.
Em consequência desta decisão, indica o deputado do PS, "os cidadãos portugueses e outros que hoje queiram ir de Londres para a Madeira em voos da TAP terão de perder um dia, por causa das ligações aéreas que são obrigados a fazer, o que comporta custos acrescidos, o mesmo acontecendo com as companhias 'low cost', por terem de pagar também as bagagens e a alimentação, entre outros incómodos".
Uma situação que se agudizará "particularmente em períodos de férias de Verão, Natal ou Páscoa, devido a um aumento da procura de voos para a Madeira".
Por todas estas razões, Paulo Pisco enviou ao Governo este pedido de explicações de "uma decisão tão penalizadora para a comunidade portuguesa no Reino Unido", inquirindo ainda sobre se "a administração da TAP pensa retomar os voos entre Londres e a Madeira".