Questão da Segurança Social não é "um papão"

O primeiro-ministro recusou hoje que o problema de sustentabilidade da Segurança Social seja um "papão", mas insistiu que se trata de uma realidade que os portugueses têm de resolver através de uma solução o mais consensual possível.

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Lusa
05/06/2015 13:55 ‧ 05/06/2015 por Lusa

Política

Passos Coelho

"Toda a oposição achou que como o Governo pôs no seu Programa de Estabilidade que é preciso reforçar a sustentabilidade da Segurança Social e desenhar uma medida que tenha um impacto positivo de 600 milhões sobre o sistema, isso agora é uma espécie de papão que se tem de atirar para cima de todos os pensionistas", afirmou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no debate quinzenal da Assembleia da República.

Falando já na reta final do debate, em resposta a uma intervenção da deputada Heloísa Apolónia do partido ecologista Os Verdes, Passos Coelho recusou a expressão "papão", mas voltou a insistir numa das ideias que mais repetiu ao longo da manhã: "Temos um problema de sustentabilidade e temos de resolvê-lo".

A este propósito voltou a lembrar que o Governo já apresentou duas soluções diferentes para o problema, mas ambas foram 'chumbadas' pelo Tribunal Constitucional.

Por isso, frisou, terão de ser os portugueses a resolver o problema através da construção de uma solução "o mais consensual possível".

Dividindo a oposição em duas partes, Passos Coelho referiu que há quem queira "meter a cabeça na areia e fazer de conta que não existe o problema de sustentabilidade da Segurança Social".

"A outra parte da oposição diz: mudem o Governo porque só com um novo governo, baixando as contribuições para a segurança social se vai criar tanto emprego que o problema se resolve. Essa é a solução dos economistas do PS", disse.

Antes, a deputada do PEV Heloísa Apolónia tinha deixado um alerta: "estamos a aproximar-nos de eleições e o Governo começa a iludir fundamentalmente em relação aos resultados conseguidos e até ao percurso feito", acusou, apontando como exemplos a questão da dívida - que o Governo diz que baixa, enquanto ela aumenta - ou o problema da emigração, que o executivo garante que não aumentou.

Na resposta à intervenção da bancada do partido ecologista Os Verdes, Passos Coelho fez ainda questão de assinalar que hoje se comemora o Dia Mundial do Ambiente, fazendo alusão a alguns dados como o facto de Portugal ter sido considerado o 4.º melhor país do mundo em matéria de política para as alterações climáticas.

O primeiro-ministro aproveitou ainda para felicitar Heloísa Apolónia pela "iniciativa importante" apresentada esta semana pelo PEV e que foi unanimemente acolhida no parlamento para que 2016 seja considerado o ano de combate ao desperdício alimentar.

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