PS "foge como o diabo da cruz" de um teto para a dívida

O vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa, acusou hoje, no Porto, o PS de "fugir como o diabo da cruz" de "uma regra de ouro que evite a repetição de políticas de emergência financeira e social".

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Lusa
06/06/2015 14:00 ‧ 06/06/2015 por Lusa

Política

PSD

Marco António Costa referia-se à indisponibilidade manifestada na sexta-feira pelo secretário-geral do PS, António Costa, em relação à imposição de um teto constitucional para a dívida, proposta pela maioria PSD/CDS.

O secretário-geral do PS, que falava na sessão de abertura da Convenção Nacional do PS, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, onde hoje será aprovado o programa eleitoral dos socialistas, considerou que Portugal precisa de mudar de políticas e não a Constituição da República.

"Diz o povo que quem está de boa consciência não teme assumir responsabilidades. Ora, não me parece que seja o caso dos nossos adversários políticos, porque fogem, permitam-me a expressão, como o diabo da cruz de ter uma regra de ouro que evite que voltem a repetir as políticas que já praticaram no passado e todos nós sabemos o que isso custou aos portugueses, mas particularmente aos mais desfavorecidos", disse Marco António Costa.

O vice-presidente do PSD falava na abertura de uma conferência/debate sobre políticas de saúde, organizadas pelo Grupo de Trabalho da Saúde da Distrital dos TSD/Porto e coordenadas pelo professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Rui Nunes.

Marco António Costa considerou que, "em nome de uma consciência social, em nome de um dever cívico", é necessário "continuar a exigir publicamente ao PS que não fuja da responsabilidade, da disponibilidade de inscrever uma regra de ouro na Constituição Portuguesa, que em nome das gerações atuais e das gerações futuras garante que Portugal não voltará para trás".

"Escolhemos para a nossa coligação, que se apresentará a eleições, um nome muito especial: Portugal à Frente. E não é por acaso, é Portugal à Frente porque sempre que temos decisões para tomar colocamos em primeiro lugar o interesse de Portugal. Portugal está sempre à frente nas nossas preocupações", sublinhou.

Segundo o dirigente social-democrata, "os TSD têm a tarefa de ajudar a construir o programa da coligação, que tem ambição, mas parte do realismo, que tem uma vontade de concretizar um Portugal melhor, mas que não vende ilusões e que tem acima de tudo de construir uma plataforma de desenvolvimento sustentado para todos, para os portugueses de uma forma geral, que não existia no passado".

Para o porta-voz do PSD, "se os portugueses têm hoje melhores condições do que tinham em 2011, não foi com a ajuda dos adversários, não foi com aqueles que criaram o problema e que, durante estes quatro anos, nada fizeram para ajudar a não ser criar mais dificuldades e fazer críticas injustas".

"Apresentaram nos últimos dois meses vários programas, um cenário macroeconómico e vários desenvolvimentos para o cenário macroeconómico, várias promessas, contraditórias entre si, mas no essencial demonstram medo quando são confrontados com uma pergunta muito simples que é se estão ou não estão disponíveis para inscrever na Constituição uma regra de ouro que garanta que Portugal não voltará para trás, que não voltará aos tempos dos resgates financeiros, que não voltará aos tempos da emergência social e da emergência financeira", acrescentou.

 

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