Maria Elisa, a primeira mulher a assumir o cargo de diretora de Programas numa estação de televisão, em entrevista ao Notícias Magazine, revela a perseguição de que foi alvo pelo seu próprio partido por ser cabeça de lista “no lugar de pessoas que andavam pelas concelhias”. Fascinada pelo projeto de Durão Barroso, acabou por ficar desiludida quando este trocou Portugal pela Comissão Europeia.
“Revi-me temporariamente no PSD e […] revi-me no projeto do Dr. Durão Barroso para o PSD. Foi, infelizmente, um projeto efémero porque ele decidiu ir-se embora”, começa por afirmar a jornalista.
“Fiquei desiludida”, confessa, defendendo que “a decisão pode ter sido interessante para a imagem do país, mas a nível pessoal e político, senti-me completamente órfã”. Depois disso, conta, foi “perseguida dentro do Parlamento”.
“A máquina do partido contra mim foi uma coisa absolutamente trituradora”, conta, lembrando que “foi cabeça de lista no lugar de pessoas” que andavam “ali de degrau em degrau” até chegarem onde ela já tinha conseguido.
Por tudo isto, conclui que “provavelmente a política” não era para si.