“O etíope é mesmo escurinho”, escreveu João Soares na sua página no Facebook, concordando assim com o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que caracterizou o chefe da missão do FMI, Abebe Selassie, como o “rei mago escurinho”.
João Soares considerou ainda que chamar Abebe Selassie de “escurinho, não é, nem de perto nem de longe, racismo”, acrescentando que “não vale fazer demagogia populista com coisas sérias”. E sublinhou: “O racismo, a sério, é uma coisa séria demais para se brincar com ela a fingir”.
Recorde-se que no discurso que fez no final da manifestação de professores, no sábado, na Praça do Rossio, em Lisboa, Arménio Carlos comparou os três elementos da troika aos Reis Magos, referindo-se a Abebe Selassie como o “mais escurinho”. A polémica estalou e propagou-se rapidamente nas redes sociais, merecendo inclusivamente uma nota do professor Marcelo Rebelo de Sousa no seu comentário dominical na TVI.
Em declarações ao Diário de Notícias, publicadas na segunda-feira, Arménio Carlos pediu desculpa e assegurou que não é racista. "Se por ventura ofendi alguém quero pedir desculpa. Cada um é livre de fazer os comentários que quiser, mas racista não sou, não fui e nunca serei”, afirmou.