Mariana Mortágua reagiu em nome do Bloco de Esquerda à venda da TAP, após o Executivo ter revelado que foi David Neeleman o empresário que venceu a 'corrida' à transportadora aérea nacional.
Para os bloquistas, o que o Governo anunciou foi a “entrega da TAP por um valor simbólico”, um negócio para o qual “não é preciso coragem, é preciso ter 'cara de pau'”, disse Mariana Mortágua.
Para a deputada do Bloco de Esquerda, a TAP “é importante para o país”. Porém, “todo este processo foi feito sem qualquer transparência”, disse a bloquista, acrescentando que “não conhecemos termos do contrato” nem tão pouco as cláusulas acordadas.
O Bloco de Esquerda critica ainda o facto de “rotas estratégicas” só terem ficado garantidas durante 10 anos, com Mariana Mortágua a recuperar um dos temas que tem estado na agenda política – o incentivo à emigração que Passos Coelho nega ter verbalizado – para dizer que o Governo “mandou muitos jovens emigrar e agora não consegue manter as rotas” que garantiriam o seu regresso.
Mariana Mortágua diz ainda que a venda foi feita “à pressa”, de forma “propositada”, e que o Bloco não põe “de parte a utilização de meios judiciais que estejam ao nosso dispor para impedir este processo que consideramos lesivo para os interesses do país”.