O responsável pelo PS em Lisboa, Marcos Perestrello já lançou o alerta: “A direcção do PS, ao marcar directas e o congresso, não deve criar obstáculos à recandidatura de António Costa à presidência da Câmara Municipal de Lisboa”, admitindo que a candidatura do actual autarca poderá, efectivamente, estar em risco, além de imputar essa responsabilidade ao secretário-geral ‘rosa’, António José Seguro.
E porquê? Por que no círculo de apoiantes de António Costa existe a convicção de que o político só estará em uma das frentes: ou se recandidata a Lisboa, ou avança para o braço de ferro com Seguro, por forma a ficar à frente dos destinos do partido.
No fim-de-semana passado, saliente-se, uma das figuras residentes neste seio de apoiantes, sustentava, em declarações ao jornal i, que “se houver congresso agora, António Costa é candidato e não vai a Lisboa”. Em contrapartida, permanece a noção de que a realização de eleições internas já cria dificuldades porque Seguro já tem a máquina montada”, referiu outra fonte ao i.
Parece, pois, que se trocaram as voltas à "pressa", questionada por Seguro na semana passada. Se o responsável não a tinha, parece que passou a ter, enquanto Costa foi ‘obrigado’ a desacelerar a sua estratégia. Uma coisa será certa, a divisão interna instalou-se no maior partido da oposição.