No artigo de opinião, hoje publicado no jornal Público, Rui Tavares diz que o Governo vive num mundo próprio, deslocado do resto do país.
"Há neste Governo um caráter inexorável que talvez agrade aos seus adeptos, mas deixa aterrada o resto da cidadania". E acrescenta: "Penso que este Governo não deixará pedra sobre pedra até ao seu último minuto (...)."
O dirigente político recorre ao exemplo da privatização da TAP para reafirmar que a coligação PSD/CDS ignora o interesse público por criticar aqueles que se opõem às suas medidas.
"Impressiona-me (...) como o responsável político por levar tão longe quanto possível uma privatização às pressas e sem apoio, tem o descaramento de proclamar que quem se opõe à privatização da TAP é que provoca danos à imagem do país", escreve.
Rui Tavares termina o seu artigo apelando a uma consciencialização pública, lembrando que "as eleições têm consequências", e lança o desafio aos outros partidos: "Quem não gostou das consequências das últimas eleições terá de explicar como vai fazer diferente, com outra maioria e outro presidente."