Relatório do Tribunal de Contas 'arrasa' Marco António Costa

Vice-presidente do PSD recebe, por 19 vezes, “um forte juízo de censura” por parte do Tribunal de Contas, que analisou a gestão feita à Câmara de Gaia entre 2008 e 2012.

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Notícias Ao Minuto
24/06/2015 22:52 ‧ 24/06/2015 por Notícias Ao Minuto

Política

Ministério Público

Num momento em que o social-democrata está a ser investigado pelo Ministério Público, a revista Visão revela, num trabalho alargado que será publicado na edição que vai para as bancas esta quinta-feira, as conclusões de um relatório preliminar da inspeção do Tribunal de Contas à gestão da Câmara de Gaia entre 2008 e 2012.

Ainda que sejam apontados vários ‘culpados’, Marco António Costa e Luís Filipe Menezes são os nomes mais preponderantes. “Gestão pouco prudente” e "violações sistemáticas da lei" são alguns dos erros que lhes são apontados, além da “falta de sinceridade, transparência e fiabilidade na previsão de receitas”, “falta de racionalidade e prudência na efetivação dos gastos” e “falta de cumprimento atempado dos compromissos assumidos, acumulando dívidas a fornecedores”.

No período em causa, revela o documento de 264 páginas a que a Visão teve acesso, o número dois do PSD – a quem muitos chamam orgulhosamente ‘Big Mac’ – recebe, por 19 vezes, “um forte juízo de censura”, não tivesse sido ele, em quatro dos cinco anos, o responsável pelo pelouro financeiro de uma das autarquias mais endividadas do país.

Em 2012, indica ainda a publicação, a totalidade dos passivos financeiros do município superava os 278 milhões de euros. Além de que, de 2008 até então, o executivo camarário assumiu, no global, mais de 450 milhões de euros de “despesas sem cobertura”. Luís Filipe Menezes não escapou, por isso, ao rótulo de presidente a quem é atribuído um "forte juízo de censura".

Diz a Visão que, para obter “liquidez imediata”, a coligação formada por PSD e CDS transformou dívidas em ativos e socorreu-se dos mais variados meios, entre eles transações fictícias e concessões a privados em prejuízo do erário público.

“As demonstrações financeiras de 2008 a 2012 não estão dotadas do necessário grau de prudência”, o que irá, no futuro, “pressionar o défice e a dívida da autarquia”, acrescenta o relatório.

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