Jorge Moreira da Silva reagiu, assim, ao "chumbo" de um teste de resistência da central nuclear espanhola de Almaraz, pedido pela organização ambientalista Greenpeace, e que evidenciou a falta do mesmo tipo de válvulas que permitiu o acidente em Fukushima, Japão.
"Em qualquer caso, tenho - repito - uma total confiança no processo de cooperação entre Portugal e Espanha ao nível da monitorização e no processo de monitorização europeu relativamente à verificação de regras que são bastante exigentes ao nível da segurança nuclear", afirmou o ministro no final de uma reunião do Grupo de Alto Nível em matéria de interligações no Sudoeste da Europa, em Paris.
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia frisou que "a legislação europeia tem mecanismos rigorosos e ambiciosos de verificação da segurança nuclear" e que "Portugal também tem mecanismos de cooperação com Espanha nesta matéria", sublinhando que reserva "uma opinião para um momento posterior à leitura desse relatório."
"Não tenho conhecimento do relatório da Greenpeace. Terei a oportunidade de o analisar, mas em qualquer caso gostava de enfatizar que a segurança nuclear - sendo uma preocupação de todos os países, nomeadamente Portugal - tem um enquadramento jurídico, legal e de monitorização bastante exigente no contexto europeu e é nesse contexto que temos trabalhado", explicou.
A Greenpeace apelou, esta segunda-feira, a que Portugal se queixe junto das autoridades internacionais quanto ao que considera ser a falta de condições de segurança das centrais nucleares espanholas, assegurando que Madrid não está a informar lisboa sobre os impactos ambientais.
A Quercus também reagiu com "muita preocupação" à avaliação negativa que a Greenpeace fez da central nuclear espanhola de Almaraz e defendeu que o Governo português devia pressionar para que a estrutura encerre.