"Com agosto pelo meio, estamos apenas a mês e meio útil das legislativas. Pelo que será impossível, ou melhor será absolutamente suicida, meter as presidenciais pelo meio das legislativas", adianta o ex-ministro socialista.
Olhando para o exemplo do primeiro-ministro Passos Coelho, Santos Silva acredita que se nem Passos diz "gastar um minuto" com o tema também o PS não o deveria fazer. "A partir do momento em que o PSD não o faz, o PS não tem nenhuma razão para o fazer".
"Sem ter Guterres, Vitorino ou Gama, que uniriam todo o PS e todo o centro-esquerda – coisa que Sampaio da Nóvoa, que eu apoio, não faz – o PS tem um embaraço. Por isso, é uma decisão racional de António Costa" deixar o tema para mais tarde, considera.
Ainda sobre um possível avanço de Maria de Belém, o socialista explica que "será objetivamente um choque ter uma ex-presidente do PS a concorrer às eleições, num momento em que se sabe que uma parte considerável do partido apoiará outro candidato".
"Costa está a fazer uma renovação muito importante e quanto maior for essa renovação mais força ele tem. Ele vale mais do que o PS. Se eu estivesse à frente da campanha personalizava nele o mais que pudesse", frisa e acrescenta que "ninguém espera que a direita vá ter uma derrota clamorosa".