Passos Coelho discursou esta tarde numa conferência sobre ‘Política Fiscal’ organizada pela TSF e pelo OTOC.
O primeiro-ministro defendeu que a situação económica a que o país chegou há quatro anos foi o resultado de comportamentos que se verificavam desde 1974, em que o Estado vinha a dar “prejuízo no sentido em que não conseguiu cobrir as despesas do ano”.
“Temos portanto um problema de décadas em que queremos gastar mais do que aquilo que devemos pedir aos contribuintes para suportar. E isso é uma questão de tempo até se tornar insustentável”, referiu.
Por isto, a crise interna era “inevitável” pois “o Estado não conseguia projetar a despesa estrutural dentro da capacidade que os contribuintes tinham para suportar estas despesas”. Portanto, o recurso a uma ajuda externa também era inevitável.
Porém, garante, o que o Governo tentou fazer foi adotar medidas de “redução de despesa e aumento de receita” que permitissem “criar condições para que quando as restrições fossem mais apertadas não tivéssemos grandes margem de manobra de condicionar aquilo que os contribuintes podiam suportar”.