A crise na Grécia, os migrantes que tentam fugir para a Europa, a ameaça jihadista e os conflitos no leste fizeram “surgir o lado de realidade e de tragédia da política”, considera Jaime Nogueira Pinto.
“Tudo isso vem quebrar esta alegria de viver em que artificialmente grande parte das classes políticas europeias e dos partidos do chamado centrão puseram os povos da Europa”, disse o escritor numa longa entrevista ao jornal i, onde falou ainda do tempo passado em África, da relação com a Igreja e da morte da mulher, Maria José.
“Geralmente quem está na política – e não faço juízos de valor, porque há pessoas decentíssimas e honestas e até esforçadas nos partidos -, são burocratas”, a quem falta, diz, o “conhecimento teórico”. “A maioria deles tem uma simpaticíssima ignorância”, reforçou.
Aos políticos portugueses falta ainda “o lado trágico da vida, a experiência”, um lado “mais interveniente” que as gerações mais novas não viveram como viveu a geração da Revolução, afirmou o também empresário.