Daniel Oliveira faz esta quarta-feira referência, no seu espaço de opinião no Expresso, à temática dos debates televisivos, indicando que “a dificuldade em definir regras que não sejam alteradas ao sabor das conveniências de cada um” é “um velho problema português”.
“Aquilo que eu defendo há muito é um debate entre os líderes das candidaturas com mais fortes possibilidades de vencerem, segundo as sondagens, um ou mais debates entre as candidaturas que incluem partidos com assento parlamentar, e uma entrevista (…) com cada partido que autonomamente se candidata e não tem assento parlamentar”, escreveu o comentador.
Daniel Oliveira defende que “a exigência de total igualdade (…) é impossível”, sublinhando que “resultaria no que tivemos nas últimas campanhas: debates nenhuns”.
Sobre as alegações de que Paulo Portas possa participar num debate de forma autónoma, mesmo estando o CDS a concorrer coligado, Daniel Oliveira é perentório: “Não consigo compreender como é que esta possibilidade está sequer em cima da mesa”, indica, acrescentando que “se vingasse seria arbitrária e irracional”.
“(…) Decidiram concorrer juntos. Mas nos debates querem as vantagens de quem concorre separado. Querem que as regras que sempre vigoraram sejam alteradas para terem as vantagens de ir sozinho e as vantagens de ir em separado. Querem sol na eira e chuva no nabal”, atira.