Joaquim Jorge tece, esta segunda-feira, num artigo de opinião no Diário Económico, duras críticas aos dois maiores partidos nacionais e à forma como o poder governamental flutua entre o PS e o PSD.
Tendo em conta que as eleições legislativas estão para breve – 4 de outubro – o fundador do Clube dos Pensadores afirma que “seria importante (…) que PSD e PS abrissem mão do seu excessivo poder e permitissem a regeneração da democracia”.
No entanto, Joaquim Jorge admite que “os partidos novos à Esquerda não dão sinais de grande votação”, referindo-se ao Livre e ao PDR e confessa que “em Portugal não é previsível algo como o Syriza ou o Podemos”.
Nesta senda, o responsável defende que é preciso “meter na cabeça da nossa classe política o credo da mudança”.
“Mete-me impressão e faz-me alucinar que, tudo está bem e nada muda, ou pouco muda para ficar tudo na mesma. Por outro lado rejeita-se o evidente”, refere.
Joaquim Jorge considera então que “estamos fartos de estar fartos, fartos que não escutem os cidadãos e nada mude” e, por isso, frisa que a “sociedade civil exige uma mudança”.
“O problema da nossa democracia é que há nos partidos bandos organizados para se manterem no poder, controlar os dinheiros públicos e a sua distribuição e respetivos lugares”.
“Temos que ser cidadãos e não súbditos”, atira.