Correia de Campos mostra a amigo que o país não é o que parece
O socialista revelou uma conversa com um amigo emigrante, explicando a visão do país.
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Política Opinião
No artigo de opinião ‘Terra e Lua’ que hoje assina no jornal Público, António Correia de Campos ironiza através de uma conversa com um amigo emigrante, de nome Tito, e critica o estado do país e a forma como o atual Governo impôs uma política dura à sociedade e à economia.
“Disto não há nos States”, desabafa Tito, referindo-se ao restaurante de peixe onde almoçavam e à comida “deliciosa, caseira e sobretudo barata”. “Pois olha que a restauração levou forte abalo com a subida do IVA”, responde o amigo, revelando que muitos estabelecimentos encerraram, mandando profissionais para o desemprego.
Em conversa, Tito mostra estar mais interessado no “clima” do Algarve e acrescenta que viu que, no primeiro semestre, se venderam mais 31% de automóveis, em relação ao período homólogo.
“Mas também deves ter visto que em julho esse valor regrediu para 11%, respondi, já a começar a ficar irritado com mais uma vítima da propaganda do Governo”, escreve Correia de Campos.
Tito continuava a afirmar que as pessoas lhe pareciam “mais aliviadas”, mas o antigo ministro socialista lembra, mais uma vez, que as pessoas que ele está a ver no Algarve não são as pessoas que passam dificuldades.
O emigrante ainda ataca o amigo com a polémica dos cartazes, “no teu partido as coisas são surreais". Apesar de ter de concordar, Correia de Campos, no artigo, continua a criticar a forma como o Governo agiu mostrando que com “a dureza do sacrifício rejuvenescia a economia”, algo em que não acredita.
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