Numa entrevista exclusiva à revista Visão, publicada esta quinta-feira, António Costa aborda diversos temas, desde os cartazes polémicos, passando por José Sócrates e pela intenção de criar um novo Ministério.
Quando foi questionado sobre as eleições presidenciais, o ex-autarca lisboeta disse ver “as pessoas muito preocupadas com a escolha do PS”, mas ver “ninguém falar das escolhas à direita, onde as opções se multiplicam todos os dias”.
No que ao PS diz respeito, o líder do partido garante que tomará “uma decisão no momento próprio”, mas adiantou que “nesta altura já há um candidato assumido e próximo da família socialista”.
Quem? “O professor Sampaio da Nóvoa”, revelou António Costa, assumindo ter pelo ex-reitor da Universidade de Lisboa “muita estima”.
“Não o revejo na caricatura esquerdista com que tem sido apresentado”, afirmou, acrescentando que “a sua participação em iniciativas do PS não se limita ao discurso proferido no último congresso”.
Até porque, lembrou, Sampaio da Nóvoa já havia participado em “iniciativas de António José Seguro e de José Sócrates”.
Relativamente à possibilidade que tem sido avançada de Maria de Belém se candidatar à Presidência da República, António Costa disse apenas que o “PS orgulha-se muito da sua pluralidade e tem tido, em matéria de presidenciais, uma história de liberdade”.
“Acho incompreensível que numa eleição por natureza proposta por cidadãos e que apela aos princípios da cidadania se defenda que só têm direito a candidatar-se os nascidos e criados nas estruturas partidárias quando a Presidência da República deve ser, por excelência, o espaço da cidadania”, concluiu.
Na mesma entrevista dada à revista Visão, o líder socialista revelou a intenção de criar um novo Ministério relacionado com os Assuntos Europeus e disse desejar que a “nem a Justiça contamine a política, nem a política contamine a Justiça”, referindo-se à prisão de José Sócrates.