A omissão da referência ao BPN no currículo do novo secretário de Estado do Empreendedorismo e Inovação, Franquelim Alves, foi feita no gabinete do primeiro-ministro, dado “o espaço de tempo reduzidíssimo” e a limitação de escrever em apenas “500 caracteres” um currículo de “oito mil”, esclarece fonte oficial ao Expresso.
Ao contrário do que actualmente pode ler-se no site do Governo sobre o percurso profissional de Franquelim Alves, que “entre Janeiro e Outubro de 2008 foi, a convite de accionistas, administrador para a área não-financeira da SLN (Sociedade Lusa de Negócios) com o objectivo de efectuar a reestruturação dos negócios não financeiros, nomeadamente saúde, hotelaria e retalho automóvel”, a breve nota curricular distribuída aquando da tomada de posse dos novos secretários de Estado não continha este dado.
Fonte do gabinete de Passos Coelho reitera ao Expresso que “não houve qualquer intenção de esconder nada, porque nenhum jornalista e nenhum deputado desconhece o dr. Franquelim Alves”. Neste sentido, acrescenta a mesma fonte, foram distribuídos apenas “pequenos textos para ajudar a identificar os nomeados, mais nada”.
Contudo, esta ‘pequena’ omissão gerou uma onda de críticas que abarcou vários quadrantes da sociedade portuguesa, tendo mesmo um membro do Governo, destaca o semanário, afirmado que se tratou de “uma estupidez”.