Controlo de fronteiras é "falência da União Europeia", diz Bloco

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu hoje a abertura de corredores humanitários para proteger os refugiados, considerando o controlo de fronteiras uma "imagem de falência da União Europeia".

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Lusa
14/09/2015 13:42 ‧ 14/09/2015 por Lusa

Política

Refugiados

"Quando temos esta crise, a primeira resposta da União Europeia é fechar fronteiras em vez de abrir corredores humanitários para distribuir e proteger estes refugiados. É uma prova da falência da União Europeia (UE) ", disse aos jornalistas Catarina Martins.

As declarações da porta-voz do BE decorreram após o Bloco de Esquerda ter inaugurado, no Cais do Sodré, em Lisboa, um mural de solidariedade para com os refugiados.

Questionada sobre o controlo de fronteiras na Alemanha e Áustria, Catarina Martins adiantou que, ao se "fechar fronteiras", está a fazer-se o oposto do que os refugidos necessitam.

A Alemanha anunciou no domingo a introdução de controlos das fronteiras, para "conter o afluxo de refugiados", exemplo hoje seguido pela Áustria. Outros Estados-membros, incluindo a Bélgica, ponderam fazer o mesmo.

Sublinhando que a Alemanha teve a posição de defender mais refugiados, a porta-voz do BE referiu que "a incapacidade da UE de se articular quando é necessário e esta falência completa das instituições da UE faz com que a situação fronteiriça passe a ser um problema".

"É necessário hoje uma resposta consentânea com a lei internacional, com a Convenção de Genebra, receber os refugiados, abrir corredores humanitários, valer aquelas 10 mil crianças que estão a viver sozinhas, valer a toda esta gente que está a fugir da guerra", sustentou.

Catarina Martins relembrou que os refugiados "são pessoas que estão a fugir dos bombardeamentos" e a Convenção de Genebra obriga os países "a receber as pessoas que estão a fugir da guerra".

"A União Europeia está neste momento a violar a legislação internacional que a obriga a acolher refugiados", frisou, considerando ainda "algo que não é aceitável" que os Governos da Europa "se entretenham a discutir quotas e não tenham arranjado condições para que estas pessoas possam viajar com segurança".

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