Jorge Gomes, chefe máximo do chamado "aparelho" do PS e cabeça de lista socialista pelo círculo eleitoral de Bragança, falava num almoço comício do seu partido na capital do nordeste transmontano.
Depois de os governos de José Sócrates terem mantido relações tensas com os agentes do setor educativo, o dirigente socialista procurou demonstrar que, com António Costa, os resultados serão diferentes: "Temos de fazer as pazes com os professores, com os pais e com os trabalhadores das escolas - e eu tenho em ti essa esperança", disse, dirigindo-se ao secretário-geral do PS, António Costa.
Após críticas indiretas ao relacionamento entre os governos de Sócrates e o setor da educação, Jorge Gomes disse que o atual executivo afastou muitos professores transmontanos, com dez ou 20 anos de serviço, para colocações a 200 ou 300 quilómetros de distância das suas zonas de residência.
"Temos um Governo que não tem capacidade de olhar para os professores como pessoas, pessoas que formam gente e que são essenciais para o futuro país. Mas o ensino tem sido muito mal tratado, não só por este Governo. E, por isso, temos de fazer as pazes", insistiu o cabeça de lista socialista por Bragança.