O ex-ministro das Finanças do governo de José Sócrates considera que as políticas defendidas pelo programa do PS são, “sem dúvida, arriscadas no quadro orçamental em que estamos”.
Em entrevista ao Diário Económico, Teixeira dos Santos diz que que cumprir os objetivos orçamentais com estas políticas “é um exercício muito difícil que tem de ser feito “explorando as margens de manobra”.
Para Teixeira dos Santos, “o pior já passou, mas as dificuldades ainda não”, pelo que será necessário manter políticas “muito rigorosas para que o país não resvale”.
O antigo ministro exaltou a necessidade de “desdramatizar” a hipótese de o próximo Governo não conseguir obter maioria absoluta. “Seria desejável, mas quem não tem cão caça com gato”, refere.
Do passado não ficaram mágoas nem arrependimentos. O pedido de ajuda externa foi “aquilo que considerava dever ser feito num momento decisivo”.
Já a amizade com José Sócrates esbateu-se. Teixeira dos Santos não visitou o ex-primeiro-ministro em Évora nem tenciona fazê-lo na morada onde este se encontra em prisão domiciliária.