“O valor considerado no âmbito da Defesa é de 218 milhões de euros para ser projectado a partir de 2014”. A afirmação pertence ao responsável do Executivo pela pasta da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, que, em entrevista à TVI, assinalou que haverá lugar “a uma redução de 8 mil homens” nas Forças Armadas, em virtude dos cortes na despesa do Estado.
A haver reduções ainda este ano, o ministro da Defesa assegurou que os mesmos não ultrapassarão os 40 milhões de euros.
Este esforço de redimensionamento, referiu o responsável, “visa aumentar a capacidade operacional” e “não tem a ver com os cortes de 4 mil milhões de euros”, afastando assim “uma relação directa com a troika”.
Até porque, justificou Aguiar Branco, o ramo das “Forças Armadas precisa de ser sustentável e não o é”, daí a necessidade desta “reforma estrutural”, que será feita "de forma serena e exequível do ponto de vista operacional"
Por outro lado, frisou o ministro, “não há nenhum militar que queira estar atrás de uma secretária”, mas antes “no teatro de operações”. Como tal, a redução de pessoal incidirá em “serviços acessórios”, que podem ser levados a cabo de uma outra forma, indicou.
Ao mesmo tempo, o responsável refutou que estes cortes constituam qualquer tipo de "afronta às Forças Armadas”.