"Eu tive ocasião de transmitir à equipa e ao [secretário-geral do PS] doutor António Costa que estamos totalmente disponíveis para poder reanalisar essas matérias. Não haja dúvidas para ninguém de que, se for possível fazer uma restituição mais rápida dos salários e se for possível fazer uma remoção mais rápida da sobretaxa, não deixaremos de o fazer, porque não temos nenhum gosto em que essas medidas continuem em vigor", afirmou Pedro Passos Coelho.
Em declarações aos jornalistas, no final de um encontro entre PSD, CDS-PP e PS, na sede dos sociais-democratas, em Lisboa, Passos Coelho salientou, contudo, que essas medidas de austeridade estão em vigor para assegurar o cumprimento das metas orçamentais, acrescentando: "Portanto, estamos disponíveis para nos aproximarmos do PS, desde que estes objetivos sejam cumpridos".
"Estando disponíveis para acertar outros ritmos de reposição de rendimentos, teremos de os compensar face àquilo que é a informação disponível com outro tipo de medidas que nos mantenham num défice abaixo de 3%. Ora, sobre isto o PS não apresentou nenhuma proposta, mas estamos inteiramente disponíveis para poder trabalhar", completou.
Nesta reunião, que durou perto de três horas, estiveram presentes os presidentes do PSD, Pedro Passos Coelho, do CDS-PP, Paulo Portas, e o secretário-geral do PS, António Costa, e dirigentes destes três partidos.